segunda-feira, novembro 27, 2006

Mário Cesariny (1923-2006)

“Gostava de ter daquelas mortes boas, em que uma pessoa se deita para dormir e nunca mais acorda”
Mário Cesariny

Mário Cesariny de Vasconcelos, nasceu em Lisboa a 9 de Agosto de 1923.
Depois de uma passagem por França, funda com Alexandre O’Neill, o Grupo Surrealista de Lisboa. Mais tarde, aderiu ao Grupo Surrealista Dissidente.
A sua obra compreende frutos que colhemos e podemos saborear na poesia, no romance e na área do ensaio, bem como da tradução (de autores como: Rimbaud, Artaud, Buñuel ou Novalis). Mário Cesariny dedicou-se igualmente às artes plásticas, sobretudo à pintura.

A sua postura, dotada de alguma irreverência decorria da sua condição absoluta de homem verdadeiramente livre, no dizer de muitos dos que o conheciam, como Manuel Alegre.

Publicou: Manual de Prestidigitação (1956), Pena Capital (1957), A Cidade Queimada (1965), Titânia (1977) – o seu único romance –, Primavera Autónoma das Estradas (1980) e O Virgem Negra (1989).
Foram-lhe atribuidas as seguintes distinções: Grande Prémio EDP de Artes Plásticas, o Prémio Vida Literária da APE e a Ordem da Liberdade.

Manuel Hermínio Monteiro exprimiu desta forma a sua admiração pelo poeta: “Mário Cesariny é o nome que cai bem à poesia, ‘um nome que é realmente um nome / que provoca calamidades terríveis’. E há tanto tempo e tão completamente anda neste nome o poema que a vida de Cesariny se (des)fez em gesto da Poesia.” (http://www.assirio.com)

Faleceu a 26 de Novembro de 2006.

Sem comentários: