Não posso deixar de louvar a RTP pela exibição de uma série da maior qualidade, que nos envia do final dos anos 60, postais coloridos, de uma sociedade bem caracterizada, com instantâneos de humor, ternura, nostalgia e o toque certeiro em valores e sentimentos.
No episódio mais recente, o jovem Carlos, menino traquinas de oito anos apenas, colhe as memórias - que nos relata 39 anos depois - sobre a visita do tio que vive em Paris.
Por aqui, entramos na temática da emigração - saída para muitos -, das saudades, da importância e centralidade dos laços familiares, da discriminação, da ostentação, do valor das raízes, da superficialidade, dos enganos, da necessidade de sobrevivência.
Trata-se de uma adaptação da série Cuéntame Cómo Pasó, criada no país vizinho. Uma belíssima aposta com um elenco a merecer o nosso elogio.
Canal 1 - serão de Domingo.
No episódio mais recente, o jovem Carlos, menino traquinas de oito anos apenas, colhe as memórias - que nos relata 39 anos depois - sobre a visita do tio que vive em Paris.
Por aqui, entramos na temática da emigração - saída para muitos -, das saudades, da importância e centralidade dos laços familiares, da discriminação, da ostentação, do valor das raízes, da superficialidade, dos enganos, da necessidade de sobrevivência.
Trata-se de uma adaptação da série Cuéntame Cómo Pasó, criada no país vizinho. Uma belíssima aposta com um elenco a merecer o nosso elogio.
Canal 1 - serão de Domingo.
2 comentários:
Pois é, já muita gente não se lembra desses tempos e a nossa juventude nem faz ideia de como se vivia em Portugal. O que é realmente triste e preocupante é que já começa a haver novamente muita gente a ter que emigrar. Não falo dos investigadores e etc mas sim de pessoas jovens, com filhos e que se vêem sem hipótese de viver e trabalhar condignamente em Portugal. É muito triste que se tenha que ir servir às mesas em restaurantes em França ou em Inglaterra, ou trabalhar no cmpo e na construção civíl em Espanha...
:(
Alexandra
Adoro esta série. Apesar de não ter vivido nesse tempo. (Cronologicamente, seria "filha" de Isabel e neta do casal Lopes).
Contudo, toda a realidade nela retratada é familiar. Deve sê-lo para muitas pessoas. Sinto uma identificação grande com o cenário que criaram, tão perfeito ao detalhe. Tive copos daqueles, a máquina de costura era outra, mas a telefonia e a caixa das linhas e agulhas são idênticas ás de meus´pais e avós!
Além disso, sempre faz um enquadramento da história social do país, ao mesmo tempo que enquadra o que vai acontecendo no mundo. É perfeita! Há uma sensação de nostalgia e também de tristeza. Porque algo se perdeu após o 25 de Abril, e não foram só as coisas más. Algo na forma das pessoas se relaccionarem umas com as outras, algo relaccionado com a integridade e a honestidade, e os valores familiares... causa tristeza.
Enfim, é um prazer de ver, até porque está tão bem feita que é a prova que se sabe representar e dirigir em Portugal!
Nota 20!
Só falta o lançamento em DVD.
Cris
PS: infelismente, de certa forma ainda passamos pelas mesmas dificuldades... o universo é que mudou da EScassez para o EXcesso da sociedade de consumo.
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